As palavras não servem só para significar.
Servem, também, para acariciar, alimentar
e, até, desesperar.
Escrever é um exercício de colheita
sazonal
por vezes num ventre liso outras tantas
nas esquinas do desejo.
Quantas se perdem nas margens da memória?
As palavras… São pedras
(tão certeiras),
mortes profundas,
macias sedas…
Amores perfeitos
de cores berrantes nos canteiros da vontade.
António Patrício