O vento errante
traz-me o aroma da serra,
dos pinheirais resinosos,
onde as nuvens poisam,
e do correr murmurado das águas,
melodioso chamamento.
Tomo o gosto da clorofila
neste rio,
nascente de árvores
que morrem de pé…
Encho o peito da límpida quietude verde
na surpresa do instante;
Pudesse eu ter asas!
António Patrício