Nas veias correm-nos as lágrimas;
Adormecem vermelhas
na solidão do corpo,
nosso cárcere vivo.
Na quietude do tempo,
conspiram em silêncio.
Dormentes, delirantes…
Correm como animal na noite.
E quando o Sol estilhaça as trevas
que ainda guardamos nos olhos desertos,
agora escancarados…
Perdemo-las involuntariamente,
sulcos cinzentos…
Pesadas como água,
no rosto ainda nocturno,
pesadas como lágrimas.