Sou um homem vulgar;
Nada de especial a assinalar.
Vejo as horas crescerem dias
e os dias amadurecerem noites.
Para manter as mãos ocupadas,
e a imobilidade não me doer nos ossos.
vou enfeitando as sombras com nadas…
nadas meus, que só eu sei ler;
coisas de pouca importância
para o rumo das estações
ou para o ritmo migratório dos pássaros.
Bebo os ventos para matar a sede de viajar,
de sair de mim…
Navego olhares pelos mares interiores,
degredos meus
em voluntárias condenações.
Fala d’um homem vulgar
23 Quarta-feira Nov 2016
Posted 2016
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