Desejo a vida com uma força que não tenho,
com esta raiva que me salga o peito.
Dos passos que vou dando nada sei;
move-me o desespero de chegar ao meu tempo,
a ânsia de ter o longe na palma das minhas mãos;
A vontade dos espaços incomensuráveis…
Viver amanhãs, o mundo inteiro
em cada esquina deste corpo
construção imperfeita que se vai transfigurando
a cada sísmica respiração.
Desejo a vida com uma ternura de louco;
Inconsciente da morte que lhe devora as entranhas.
É a imensidão do vento, eco límpido, que me leva
ainda não descobri até onde… mas lá chegarei;
Eclipse do ser.
Eclipse do ser
03 Sexta-feira Nov 2017
Posted 2017
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