Etiquetas
águas, cabeça, cores, manto verde, olhos abertos, peito, Primavera, terra escura, vejo, verde
Cabeça tombada sobre o peito magro…
De olhos abertos
sem olhar o que vejo;
Mãos, em punho feitas,
e dos bolsos prisioneiras;
Vou revolvendo
a terra escura que espera
pelo manto verde da Primavera.
Só os bancos,
gritos sanguíneos,
riscam a monocromia
do dia e dão descanso aos corpos cansados
do cinzento desta espera…
Será que vem estação das cores vivas?
E tu será que vens,
embalada pelas águas deste Inverno?
António Patrício