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Não posso adiar as horas nem esta distância fluída
em que me vou compreendendo.
Por vezes morro nas esquinas
dos corpos que amo a tentar fugir de mim…
Outras
perco-me na inocência
simples das malvas
e, como elas, vou mantendo vivas as raízes
que me alimentam as madrugadas.
Envelheço
na devassa dos caminhos que me estão destinados;
levo comigo os cadáveres da saudade;
E no final,
ainda não parti e já o esquecimento
cobre a pele das minhas mãos.