Do tempo nasce a sede,
esta sede imensa de te olhar
assim
tão perdidamente
Das tuas mãos
alicerces do mundo
ganho o alimento para os meus dias,
a luz de um beijo,
repetição de vida.
Às vezes trazes lírios no olhar
outras é melancolia das palavras doces
que vou lendo no teu sorriso
Um dia partirei
para a pátria do silêncio…
Nada restará de mim,
talvez um gesto incompleto,
mas de ti…
de ti levarei a nascente da sede
nos meus olhos.
António Patrício Pereira