Quando morrer
perdoa-me os beijos
que me deste e não senti
Perdoa-me
os sorrisos que não vi…
os gestos que perdi
Quando morrer
perdoa-me a vida que partilhaste
e não vivi
Perdoa-me este caminho
começado
e nunca acabado
Quando morrer
perdoa-me o silêncio dorido
dos dias…
pedras que deixei nas bermas da vida
António Patrício Pereira