Imperativo!
De dedo em riste
calco o branco mostrador
do relógio
que me impõe os dias.
Espero o ponteiro
chegar
até ao derradeiro momento
em que se imobiliza no obstáculo
que lhe rouba o caminho e o movimento.
Estanca o ponteiro,
ganho a ilusão
de parar o tempo… o meu tempo.
Poder imenso o meu;
Senhor dos minutos; de tempos futuros
Fazer do presente perfeito infinito…
Triste poder o meu
feito de ilusão;
Desalento tão certo.
António Patrício Pereira