Vai o tempo amadurecendo nos nossos olhos
cansados de procurar no voo dos pássaros
o destino; perene memória das imagens vividas…
Que bom seria plantar amores em cada esquina
do nosso coração
e secar os sonhos entre páginas
de livros velhos… como amores perfeitos.
Ouvir os sinais das árvores
e seguir os milagres de cada dia na vida
dos que vão crescendo como poemas amados
que de nós são razão e respirar.
Vamos deixando o dia avançar
e entregamos
um esboço do fogo que nos mantém
aos que, ainda, são portadores de eternidades;
Perdidos na poeira dos caminhos,
olhamos os que levam sonhos com um sorriso cúmplice
que nos liberta deste nosso corpo,
mortalha do tempo que nos resta…
Mortalha do tempo (aos meus filhos)
18 Sexta-feira Dez 2015
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