Embalam-nos
os dias ao ritmo d’um peito que respira,
as palavras…
Outras, duras como pedras cruéis,
rasgam-nos a pele
em tempos de angústia sentida…
Há palavras amorosas deixadas ao vento
noutro sítio…
Palavras que se ajustam e nos vestem
a carne candidamente;
Instantes interiores de abandono consentido.
Há palavras esquecidas em poemas
longos
por poetas diletantes de coração inquieto…
E há as palavras ausentes;
Espinhos cravados na alma dos que vivendo morrem
singularmente à espera.
Palavras da tua ausência
19 Sexta-feira Jun 2015
Posted 2014
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