Ninguém nos pode fechar as portas,
roubar os sonhos,
quebrar as pontes que levam ao fim do caminho;
Ninguém pode secar em nós os rios e os mares
queimar a terra, salgar as árvores…
Adiar o sangue,
razão corrente na respiração dos nossos dias.
E aqueles que, loucos, tentarem
levar-nos as estrelas do peito o coração do olhar,
a agitação das ondas, marinhas vontades;
A esses,
daremos a indiferença
dos que inteiros caminham rumos de eternidade;
Cidade onde vive a nossa vitória sobre a morte
e as trevas.
António Patrício