Vou sentindo crescer
esta vontade de partir
de mim para parte incerta
Como se não tivesse substância;
Abandonar esta pele que me veste
a carne e zarpar
Seguir a voz clamorosa do mar
que trazes de braçado no regaço
aconchegado
E adormecer na linha sóbria do teu corpo,
terra fértil,
onde se escrevem todos os poemas.
António Patrício
António Patrício