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Mar aberto
um sopro de asas
navega as ondas irregulares,
um veleiro rasga o céu,
velas desfraldadas
suspensas pelo vento…
A luz da tarde despenteia
os cabelos quietos,
o distante horizonte
leva o olhar
na espuma da maré
que me banha o peito.
Esqueço os pés
enterrados na areia…
Sigo no grito repetido da gaivota…
Ausento-me deste corpo
à beira de mim.
António Patrício