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Faltou dizer-te
de que matéria é feita a saudade
que me veste o corpo.
Nos tempos de esperança,
em que as tuas palavras eram desejos,
já a vestia… Sem eu saber.
Foi na correnteza dos dias
que a solidão foi tomando forma
nas tuas palavras de mim ausentes.
Porque que me doem os dias
vou hibernando nas memórias
que me acompanham os passos.
António Patrício