Sigo atento, cúmplice,
o bater compassado do coração.
Adivinho-lhe, no ritmo,
a revolta das marés,
o sopro ondulado do vento,
a prece murmurada dos homens;
Pulsão constante de vida,
mistério indecifrável
que alimenta a carne
na imperfeição dos dias.
António Patrício