Corro atrás do dia
peito em desalinho;
dobro as madrugadas;
Sobreponho, ao descanso do corpo,
as letras, paredes meias com o sono mudo dos justos.
Vou golpeando as horas,
que sem um lamento,
morrem nos meus lábios…
Em surdina pronuncio o teu nome
enquanto desenho sonhos em folhas de papel
colorido.
António Patrício