Cada um de nós transporta,
encerrados no peito,
bocados de noite.
Recantos onde a luz é sombra constante;
ilusória paz
onde o pensamento se perde…
Espaços de esquecimento, por vontade,
onde a cada momento
se vão reencarnando doridos
tempos e datas que nos assombram
a indefesa solidão.
António Patrício