Deixa-lo falar, o vento.
Deixa-lo resfolgar, o mar.
Não lhes dês ouvidos…
Escuta antes a minha voz
que do início dos tempos vem.
Não te percas em rematados enganos.
Não te iludas com o verbo fácil.
Lê antes as ancestrais palavras
que nos meus lábios
suplicam pelos teus.
António Patrício

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