Sou arrastado pelo pulso;
Valsas incongruentes que danço
atrapalhado.
Sigo os tiranos em dias escorridos,
delimitado por muros de ilusões pintados.
Cadencias que danço em recusa
sentida mais que consentida.
Corro espaços ao ritmo
dos desvairados ponteiros;
deixo acumular vontades por realizar
perco o corpo, torturo a alma
e a circunstancia do que sou.
Transporto o tempo que não vivo
agarrado ao pulso;
faca cravada no que nunca serei,
desgastado ser que sou.
Abandono o querer
que um dia foi desejada realidade…
Já não quero saber!
António Patrício