A ti mulher julguei-te quimera,
prenuncio de encantada sinfonia
em verde mar embalada.
Queria-te fábula, tarde de Verão,
segredo em força moldado.
Imaginei-te ilha, salvação,
sereno entardecer.
Muitas vezes desisti
de procurar palavras
para te ilustrar o ser…
Outras tantas voltei
em vontades imaginadas.
E agora que estás presente
quase me espanto;
És apenas mulher
que é tanto e muito mais.
António Patrício