Sair de mim
pelo teu corpo viajar
banhar-me nas águas,
lagoas em par,
olhar pétalas rubras,
papoilas pelo movimento
bailadas…
Campos de pele dourada,
redondas serras de encontrar…
Na floresta
entre penínsulas de marfim
perder o tacto
ganhar o húmido orvalho…
Virar o mundo
e na planície repousar de tanto caminhar…
Num esforço ultimo montanhas,
vale profundo ultrapassar
e deixar as mãos de mansinho
lá no cabo mais distante
contemplar.
António Patrício