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No meu quintal
sobranceiro à cidade
tenho uma árvore
uma pequena árvore
ramos finos
desfolhados…
frágil de arrepiar,
escura…
de aparência seca.
Todas as manhãs
ao despontar da luz
a rego
com um pouco
de vida (quanto baste)
e segredo-lhe
num sussurro
abraços, risos,
dores, amores…
Ontem colhi
dos seus ramos
carregados
os frutos
azuis
da esperança
É a árvore,
da felicidade!
António Patrício