Destas águas farei rumo
Num vai e vem incessante
Entre os universos
Assim o queiram os deuses e as marés
Desta liberdade consentida
Encontrada em cada vaga
Faço chegadas, projecto partidas
Neste azul que me domina…
Frágil
Navegar mundos
Na esteira dos homens
De porto em porto
Que a terra é finita
E os trabalhos avaros…
Lamento cismado…
As amarras que me prendem
Neste queixume constante
Continuarei a existir
Esperando a hora de me entender.
António Patrício Pereira